Despedida n° 2, 1971

Ao dizer, te amo

não estarei mentindo,

mas partindo,

pois, quanto mais te quero,

mais longe eu me sinto.

E, creia que não minto

te amo.

Estarei te amando

quando dizer

adeus.

e meus olhos

molhados

te dirão – querida.

Saberás então

que tentei cruzar

o abismo, mas caí.

Caí no vazio

da solidão,

desse passado,

dessa angustia

de saber que somos dois

e jamais seremos um.

Adeus amor,

ilusões,

felicidade.

Corra para o vento

de sua idade,

seu mundo.

Viva a vida plena,

sem preconceitos,

sem a não compreensão

de outras épocas

que represento.

Seja você

e não eu

Adeus….te amo!

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